terça-feira, julho 27, 2010

Silêncio das Fronteiras


"Quando o silêncio ainda há de sorvemos
Todos aqueles um dia sorriram
Diante de nossos olhos
Hão de chorar distantes, vagueando
Pelas fronteiras sem sóis nem luas.

O dia das ruínas chegou?
Colheitas de anos secaram
Esperanças que antes aqueciam
Os corações mais desolados
Diluem-se em desesperançosos abismos.

Ah! Quando o silêncio há de abraçar-nos
Tudo que passamos será apenas vento e poeira.

..........

Fitei-os - Os que galgam nas lamacentas fronteiras
Sem volta, passaram lutuosos
Diante de minha velha janela

Segui-os para o escuro leste
Onde haveríamos de cantar a cada poente
Morrendo a cada alvorecer."

(Luiz Carlos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário