Sou um vampiro negro nas profundezas;
Perdido no abismo e aos medos insaciáveis,
Na vigilância obscura de minhas faces,
Da loucura e a imensidão miseráveis.
A vagar pela noite, maldita alma;
Solitária criatura de coração sombrio,
A cantar seu desespero no vazio,
E apagar-se nas noites de frio.
A espera de sua vítima mais infame,
Olhos vermelhos e dentes afiados;
Sentir as veias esvairar-se de sangue.
A alma a dilacerar meu ventre negro,
Tão fétido como a claridade na imensidão,
E ao conturbar-me os pesadelos.
Michele Lasombra
(2006)
(2006)