"Maldita fumaça,
Que me ergue do túmulo pelas manhãs frias de inverno.
Que insiste em afundar em meus pulmões,
A poeira que cobre meus passos.
Maldito dia seguinte,
Coberto de lágrimas secas,
Onde o sol brilha palidamente,
Nas asas de um pássaro negro em seu solitário vôo.
Maldito aroma que de mim exala,
Trazendo consigo o perfume do jasmim,
E as lívidas lembranças das hortênsias.
Beligerante vida sem fim,
Onde escondo meus anseios
Num caminho estreito.
De vielas e ratos,
E vazio constante."
(Luye van Gotland)